Sobre a bagagem que trouxe comigo voltando pra casa!

Tudo foi muito corrido desde quando eu cheguei! Então agora vou contar sobre como foi voltar pra casa.

Eu chorei no aeroporto do Havaí (eu chorando? Que novidade, não?) E pior que não foi pensando na saudade que ia sentir do lugar, e sim imaginando como seria ao encontrar de novo as pessoas que eu amo.

Sei que parece que é exagero, sei que tem dia que quero sumir de perto de todo mundo, mas eu vi que realmente não nasci pra ficar longe de quem eu amo, não! E não, isso não significa que não gostei da viagem. Significa que foi só um dos diversos aprendizados que tive durante esse primeiro mês.

Muitas pessoas falam que depois que viajamos, nunca mais voltamos a ser a mesma pessoa. Que mudamos. Eu acho que a maior mudança, foi o autoconhecimento. Quero dizer que eu já era a pessoa que voltou de viagem. Eu só não sabia disso.

Um dia eu fui a menina que achava que liberdade era não ter ninguém ao lado. Era não ter que dar satisfação pra namorado, não ligar pra amiga. O que importava era o que eu queria fazer. Afinal sempre fui muito de lua.

Hoje, tenho orgulho em falar, que essa menina cresceu e mudou. E agora, em meio a tanta liberdade, ela prefere se prender. Se prender ao aconchego de casa, ao abraço de quem ama. Dar satisfação, com prazer. E saber que tem pessoas lado-a-lado para acompanhar cada fase da vida.

Voltei dando mais valor pra mim mesma. Pra minha inteligência e capacidade. Pro meu caráter e pro meu jeito. Voltei dando mais valor ainda pras coisinhas pequenas. Como um simples toque, um carinho, um abraço. Isso faz muita falta. Voltei apreciando mais ainda sentir o cheiro do almoço recém-colocado à mesa. Coisas simples.

Voltei sabendo que para o meu dia ser 100% feliz, as pessoas que eu amo também precisam estar feliz. Se não, pra mim não funciona. E não tem problema. Eu não preciso ser auto suficiente o tempo inteiro. Eu sou assim agora e eu gosto.

Outra coisa que observei, foi a forma com que lidei sobre a viagem, antes mesmo de ela começar. Parecia que eu ia ficar um ano, ou nunca mais voltar. E eu queria aproveitar todos os momentos que eu podia ao lado de quem amava.

Fazer coisas especiais, viagens, jantares, encontrar amigos. Com uma vontade e um esforço maior. Não ficar naquelas “vamos combinar” e não tirar a bunda da cama sabe? Na viagem, foi a mesma coisa. Eu queria aproveitar ao máximo, porque sabia que não teria tempo, nem data pra voltar.

E isso me fez pensar. Por que não viver a vida assim? Como se eu tivesse que aproveitar tudo, porque estou próxima de embarcar numa viagem? Ou porque estou numa viagem próxima de acabar? Afinal, se pensar bem, é isso que a vida é. Uma viagem, mas sem data marcada pra terminar.

O que pretendo lembrar é de aproveitar o que eu puder, o que eu quiser. Afinal, a única coisa que posso ter certeza é que o futuro é incerto.

Uma frase, que desde quando eu ouvi não saiu da minha cabeça e que pensei muito antes e durante a minha viagem, foi “tenha coragem e seja gentil”. Vi no filme novo da Cinderella, não sei se é uma frase da história original.

Mas é algo simples, que pra mim faz muito sentido. É preciso coragem pra ser feliz. Eu quero me entregar. Porque por mais que esteja aberta também a tristeza, estou dando abertura a uma felicidade maior que a normal.

E a gentileza, é aquela velha história. O que a gente dá, a gente recebe de volta. Quanto mais eu abro meu coração, mais caminhos bons se abrem pra mim.

Foi preciso muita coragem pra viajar sozinha. Pra deixar de lado quem eu amo. Pra conhecer pessoas novas. Viver numa cultura COMPLETAMENTE diferente. Pra perder a vergonha e perguntar, pedir informação. Pra confiar em mim. E sem gentileza e educação, a minha coragem não ia ter sido útil pra quase nada, eu não teria conseguido ir “longe”.

E acho que o mais importante, foi que aprendi a julgar menos os outros. Da mesma forma que temos nossos dias ruins, outras pessoas também têm. Ela tá com cara feia? Vai saber o que está se passando no mundo dela. Ninguém sabe. E agora eu prefiro pensar assim. Que por trás, tudo tem um motivo e razão, então, ao invés de viajar pensando coisas ruins, é melhor imaginar coisas boas.

Às vezes a pessoa não está te tratando da forma que você pensa que não merece porque ela não gosta de você. Às vezes ela simplesmente está com problemas e não tá sabendo lidar com isso. Tem hora que parece que é muito mais fácil virar as costas do que estender a mão pra ajudar. Mas passando por cima do orgulho quem sabe não ganhamos um amigo novo? E se não for isso, é simples. Apenas se afaste daquilo que te faz mal. Inclusive de pensamentos negativos.

E concluindo com outra parte de Cinderella… Não vejo o mundo como ele é, mas sim como poderia ser.

Muito obrigada para quem acompanhou o blog, ou leu alguns textos. Uma das coisas que mais gosto é poder me identificar com alguns livros, textos ou histórias. E foi muito gratificante virem comentar de alguns textos, coisas como “me identifiquei muito”, “me sinto assim também” e etc. Obrigada de verdade!

MAHALO E ALOHA! ❤

Sobre minha última sexta no Havaí

No final da viagem, passou um vídeo na minha cabeça, relembrando desde quando faltava ummês pra eu viajar, até agora. Tudo que passei, meus medos, os momentos engraçados, a saudade.

Peguei meu diploma na escola de inglês, atrasada, porque peguei o ônibus errado. Acho que sou a única pessoa que passa um mês fazendo o mesmo caminho e tem a proeza de errar o ônibus no dia da “formatura”. Quando cheguei na sala passei a maior vergonha da vida, porque todo mundo já tinha pego o diploma e estavam me esperando. Quis cavar um túnel no chão, mas ok.

Ver meu diploma de inglês me deixou com uma sensação boa. Quando a moça da agência perguntou meu nível de inglês, eu falei que era de intermediário a avançado, não sabia como seria, como eu ia me virar. Mas acontece que entrei no nível mais avançado da escola e consegui passar. Se eu quisesse fazer universidade nos EUA, bastava mostrar esse diploma.

Fiquei orgulhosa de mim mesma, e me dei um puxão de orelha imaginário. Tenho que parar com essa mania de me rebaixar, ou achar que não sou boa o suficiente em algo que eu sou.Tem coisas que eu não sou mesmo, tipo matemática. Fuso-horário e dólar quebrado foi de ferver o cérebro. Hahahaha

Depois fui fazer trilha pra chegar numa cachoeira. Um lugar realmente maravilhoso. A estrada parecia ser coberta por túnel de árvores. Várias montanhas em volta. Nada de barulho, só som da natureza. Ar limpo e úmido. Realmente muito bom.

A trilha foi um pouco difícil. Não cansativa, porque não batia sol, mas complicada. Mas não me desanimava, porque a paisagem era linda. E perdida nos meus próprios pensamentos enquanto caminhava, pensei como isso pode ser uma metáfora para relacionamentos. Não só de namorados, mas de família e amigos também.

Quantas vezes já ficamos com medo de confiar em alguém, por termos nos decepcionado com outra pessoa? Ou quantas vezes achamos que estamos sozinhos, só porque alguém que considerávamos nosso amigo mostrou não se importar? Quantas vezes não ouvi, ou não falei que não queria me relacionar com ninguém, por ter saído de um mau relacionamento?

Eu já fiz trilha uma vez. Foi muito cansativa, mas menos complicada que essa. Mas e se, por contas das dificuldades que tive na outra trilha, eu tivesse deixado de fazer essa? Eu ia ter perdido uma tarde incrível, ia ter perdido uma sensação ótima que o lugar me trouxe. E acredito que com os relacionamentos sejam da mesma forma.

Às vezes passamos por momentos difíceis. Brigas, inseguranças, desentendimentos. E é aí que a gente tem que olhar a paisagem. Dificuldades são normais e muitas vezes elas são os degraus que nos levam para um bom lugar. Ou para um bom sentimento.

Sobre minha última vez em Kailua

Pra quem não sabe, essa praia ganhou meu coração.

Água clarinha de um jeito que nunca vi, vento (até demais), não é lotada, não tem prédio em volta. Traz uma paz inexplicável. Como estou indo embora no sábado, resolvi ir lá de novo pela última vez (por enquanto).

Fica meio longe e pra ajudar, perdemos o ponto certo de descer. hahahah Quando desci começou chover. Mas depois ficou tudo bem. O dia estava mais nublado e com muito vento. No mar tava rolando muito wind-surfe. Bem legal de ver.

Foi outro lugar que trouxe um momento só pra mim. Sentir meu cabelo voando e ouvir o som do mar vendo aquela paisagem incrível foi bom demais. Nunca sai tão suja de areia de uma praia. Tinha até dentro da minha orelha hahahaha Mas valeu muito a pena ir lá de novo.

Na volta perdemos o ponto de descer de novo. Que que acontece? hahaha E quando cheguei em casa e fui abrir minha mochila, vi que meu bronzeador tinha vazado e sujado tudo. Fiquei nervosa na hora, mas acabei de comer um cheesecake de oreo no Cheesecake Factory, meu restaurante preferido daqui, então já esqueci,TÁ TUDO ÓTIMO.

Hoje foi o último dia de aula, teve a prova final e vou ver o resultado amanhã. #ANSIOSA. Se eu não tiver passado de nível eu ~me mato~. Amanhã de manhã vou atrás de alguns presentes que faltaram e depois ir pra escola ver minhas notas.

Então vou saber se vou passar a tarde comemorando, ou chorando. hahaha

Sábado vou ter que ir para o aeroporto 5 da tarde, sendo que meu voo é às onze da noite. Se eu fizer o check-out depois das cinco eu preciso pagar trinta dólares, então vou correndo pro aeroporto mesmo. Sério, trinta dólares dá pra comprar o shorts que eu gostei, foi o preço do meu TÊNIS. Um absurdo eles cobrarem esse valor, me poupem.

Então por enquanto é isso. Agora vou dormir muito feliz depois de comer um docinho e sabendo que não vou precisar acordar seis e meia!! Eba!

Beijinhos, aloha! ❤ 

Sobre Diamond Head e a vista de tirar o fôlego

Pra compensar o dia de ontem que foi um dos piores da viagem (e não, não foi só por causa da barata rs) hoje a vida me deu um presentinho que eu estava precisando.

Diamond Head é um vulcão inativo em Honolulu, com cerca de 250 metros, com vista para a praia de Waikiki. Para ter acesso a vista, é preciso subir uma estrada, pagar um dólar numa entrada depois de um túnel e, aí, começar a trilha.

Água e protetor solar são essenciais e adivinha. Esqueci os dois. HAHAHAHAHA Mas a Amanda levou protetor e compramos água (dois dólares =().

A trilha não é nada difícil, tanto que lá você encontra crianças, idosos. Uma parte é inclusive “asfaltada” a para ter acesso ao topo basta subir escadinhas. É cansativo, principalmente por causa do sol. Pode levar de meia hora, a uma hora. Depende do ritmo de cada um.

Acordei quatro e meia da manhã, então eu quase desisti de ir.

Ainda bem que fui.

Depois de toda subida cansativa, chegamos ao topo da “montanha” e nos deparamos com uma vista de tirar o fôlego. Eu quase chorei de tão lindo! Hahahahah Sério. Tem uma parte com acesso proibido, mas com um bom espaço pra sentar e admirar a vista. Foi lá mesmo que eu fui.

Me permiti ficar em silêncio, por sei lá quantos minutos, só observando o mar. Você não via onde ele acabava, era uma imensidão azul. Mais de sete tons de azul, combinados com alguns tons de verde. O vento batendo pra acalmar todo o calor. Foi um momento meu. Eu e aquela vista maravilhosa.

Gostos pra viagem são extremamente relativos. Pra viagem ser boa, depende muito daquilo que você realmente aceita, ou de certas coisas que passam do seu limite. Então, enquanto eu reclamo de certas coisas, outras pessoas podem não entender, porque seus gostos e limites são diferentes dos meus.

Viver um mês fora é viver. A vida não é feita só de dias bons, nem só de dias ruins. E numa viagem não seria diferente. Algumas dificuldades que passei aqui me fizeram pensar se realmente fiz a escolha certa em vir viajar, se escolhi o lugar certo. E não é só eu que penso assim aqui não, viu? Rs

Mas são momentos como esse que me fazem lembrar o porquê de ter escolhido o Havaí. Minha paz e felicidade, hoje, não estão numa balada, nem num bar cheio. Podem estar, aliás, se eu tiver acompanhada da pessoa certa. Mas quando eu paro pra contemplar um pôr do sol, uma praia, um vento no rosto, é como se aquilo estivesse refletindo em mim. Essa é a minha paz.

Esse é o momento que eu consigo organizar meus pensamentos que estão loucos e confusos. É o momento que ora eu não penso nada, ora eu penso em tudo. Mas tudo de uma forma boa. Nesse momento que vivi hoje, quando quase chorei foi de felicidade. Foi por gratidão. Foi por saber que eu estou num lugar lindo, e que tenho pessoas que quero trazer pra cá um dia. Saber que tenho pessoas que querem saber o que estou vivendo, porque se importam comigo.

Foi o momento que eu pensei que apesar de ter ótimos momentos aqui, sou grata por poder não ver a hora de voltar pra casa, porque eu tenho e vou ter muitos ótimos momentos lá também.

Mil vezes obrigada, Universo. Energias renovadas, agora contagem regressiva pra voltar!

Mahalo, Hawaii ❤

Gente, pra quem quiser saber mais dados específicos sobre Diamond Head e ver algumas fotos, além das que vou postar no insta, indico esse blog aqui => http://www.falandodeviagem.com.br/viewtopic.php?f=330&t=6492

Sobre meu encontro com a barata assassina

A Amanda foi pra escola mais cedo e eu não estava com pressa, então fui fazer um lanchinho. Minha colega de quarto também já tinha saído. A Ana estava dormindo. E lá estava eu, no sofá, despreocupadamente comendo meu lanche. Quando vejo uma sombra marrom andando no chão, a uma mesa de centro de distância de mim.

“ESSA PORRA NÃO PODE ESTAR ACONTECENDO!” Mas estava. Era uma barata. Fiquei desesperada, sem saber o que fazer. Então fui para o corredor. <Gente! Juro que to tendo um dejavú nesse momento sobre estar escrevendo isso sobre esse assunto> Enfim, fiquei lá analisando os movimentos da barata (e mandando áudio chorando pro Rodrigo).

Mandei uma mensagem pra Ana me ajudar, e a vaca preguiçosa não quis sair da cama e falou “mata ela”, como se fosse simples. Pensei “Será que é hoje que vou enfrentar e acabar com esse medo?”. Não. Eu já estava quase vomitando, tremendo, chorando e me coçando inteira. Tenho pavor de verdade.

O Ro falou pra eu ir embora e deixar ela aqui, e mesmo sabendo que a encontraria depois, aceitei a ideia. Mas a desgraça sumiu e quando vi, onde ela estava? Em frente à porta da sala. Ela estava me desfiando!!!! Ahahahahaha NÃO É POSSÍVEL!!!

Minhas coisas estavam na mesa perto da porta, eu previ que em breve ela chegaria ali, então peguei minha mochila, óculos, levei meu notebook pro quarto. Em coisa minha barata não toca! (Pelo menos, não que eu saiba.)

E quando voltei, a linda estava indo em direção de onde estavam as minhas coisas. Me senti gênia por um momento. Quando vi que ela empacou em baixo da cadeira, pensei. “Essa é a hora”. Criei coragem e saí correndo pra fora do apartamento.

Meus vizinhos esquisitos deixam a porta aberta, então por sorte consegui encontrar um e convidei ele para o duelo. “Você sabe matar barata?” Mas o coitado parecia ter mais medo que eu! Hahahaha Mesmo assim ele foi, a barata quase ganhou, mas no fim ele deu um golpe final e não sei se matou ela, ou jogou ela lá pra baixo.

Mas sério, foi péssimo. Eu sei que parece frescura, mas eu tenho uma fobia muito forte. No caminho do ônibus mandei uma mensagem pra minha mãe “posso te ligar? To chorando, mas não se assusta, foi só uma barata”. Fiz isso porque sabia que assim que ela atendesse o telefone eu só ia conseguir chorar.

Não sei se to muito mais sensível que o normal, se é por estar longe, se é tpm. Sei lá! Mas foi horrível. Sabe quando você quer sumir? Eu só queria ficar trancada no meu quarto, mas aí pensei “não quero mais ficar sozinha naquela casa”. E agora estou assim. Com nojo e medo de encostar em tudo aqui. Hahahaha

Felizmente tá acabando! Sei que falei que tem hora que temos que rir de nós mesmos, mas tem hora que na real tudo o que a gente precisa é de um colo.

E quando isso falta……

Sobre minha última semana

Gente, tô sumida!

Ai, to de tpm, com enxaqueca quase todo dia, mal estar. Tá foda. Não consigo dormir a noite, aí chego a tarde e capoto! Depois acordo pra tomar banho, fazer lição de um jeitinho bem mais ou menos e quando deito na cama meu sono desaparece, mas o cansaço físico não! =(

Mas tudo bem. Vou falar um pouco dos planos da minha última semana aqui. É impressionante, mas a gente sempre acaba deixando umas coisinhas pra última hora, então minha semana tá lotada. Hoje fui pra Alamoana, a praia mais pertinho de casa. Descobri um cantinho lá, chamado Magic Island, que separa um pedaço do mar com várias pedras, formando tipo uma piscina natural. Me apaixonei. Além de lindo, é tranquilo, quase não fica ninguém lá.

Amanhã é dia de fazer compras! Comprar algumas lembrancinhas e umas coisinhas que eu quero comprar pra mim! Eu to me matando pra economizar, não porque não tenho dinheiro suficiente pra comer e ir-e-vir. Mas porque também sou filha de deus e quero comprar umas coisitchas pra mim hahahahaha não resisto.

Quarta-feira vamos pra Diamond Head. Falam que a vista é incrível, não dá pra perder. Quinta, quero ir lá pro lado de Kailua, onde tem as praias que eu mais me apaixonei por aqui. Não tem como voltar pro Brasil sem me despedir. Sexta não tem aula, então estamos pensando em ir pra alguma cachoeira, depois ver os fogos de Waikiki.

Sábado não sei, tenho o dia pra aproveitar, porque só preciso ir para o aeroporto às 20h!

Espero que dê pra fazer tudo. Falaram que está vindo um furacão aqui na ilha e isso pode atrapalhar alguns planos! =( Mas por enquanto é isso!

Vou postando as fotos lá no insta @gabivenzol.

Beijinhos!

ALOHA ❤ 

Sobre rir da minha cara

Sabe aquela frase, “é rir pra não chorar?”. Eu apoio muito ela. Rir na maioria das vezes é o melhor remédio, mesmo que você esteja rindo da sua própria “desgraça”.

Afinal, quem nunca passou por algum perrengue e tempos depois lembrou da história e riu? Se vai rir depois, vamos rir agora também, né! Hahahaha

Brincadeira, dependendo do humor nem sempre é possível.

PORÉM, hoje eu estava nesse humor e a história foi a seguinte.

Pensa uma semaninha que você dormiu em média quatro horas e meia por noite. Você pode ficar um tanto quanto cansado né? Sim. Mas é seu último final de semana na viagem e você pensa “Vou dormir ou vou pra uma praia que demoro duas horas e meia pra chegar?”. VOU PRA PRAIA, ÓBVIO. Dá pra dormir no caminho e na praia, né, gente?

Todo mundo falava de Turtle Bay. Uma praia em North Shore, que diziam ser linda e que se você tivesse sorte, poderia nadar com várias tartaruguinhas. Fiz uma pesquisinha no google não achei a praia nada demais, mas queria evitar aquele arrependimento futuro do “e se…”. Então fui.

Eu e a Amanda acordamos umas oito e pouco e saímos uma hora depois de casa. Pensando “vamos ficar negras, nadar com tartarugas e blá blá blá”. São dois ônibus pra ir e dois pra voltar e sinceramente o caminho não foi tão ruim quanto eu imaginava. Eu adoro estrada, a paisagem. E com música e um bom livro o tempo pode voar.

Só que depois de certo tempo fiquei tão interagida no livro, que parei de olhar pra paisagem, e quando olhei de novo estava chovendo. Pensei “Ok, não vou me desesperar, o tempo aqui é louco, já já passa”.

E a chuva passou, chegamos ao nosso destino… Um resort de Turtle Bay que tem acesso à praia. Descemos do ônibus, loucas pra sentir o ar abafado porque estávamos congelando dentro do ônibus. E adivinha? Gente, juro. Cinco segundos depois desabou uma puta chuva.

Juro que senti frio!!! A chuva tava fazendo cócegas. A Amanda reclamando. E eu comecei a dar muita risada. Porque era uma situação ridícula. Acontecendo tudo que a gente não queria, a gente molhando as únicas roupas que tínhamos em mãos, sem lugar pra ir. Depois de duas horas e meia dentro de um ônibus.

Sabe aquilo de “tá no inferno, abraça o capeta”? hahahaha Então, abracei a chuva. Aliás, “tá na chuva é pra se molhar” teria sido um melhor exemplo, né? Hahaha Mas tudo bem. Sei lá, adoro tomar chuva, purifica a alma. Então foquei nisso. Ficar pensando no frio, no livro molhado, na roupa molhada, não ia secar nada, nem parar a chuva. Então me entreguei pro que a vida tava me dando naquele momento.

E olha, valeu a pena. Enquanto a chuva não passava comemos num restaurante ótimo. Comida boa aqui é tão rara, que enquanto eu comia meu cheeseburguer soltei a frase mais gorda da vida “não queria que esse lanche acabasse nunca”. Hahahahah Ainda parou a chuva, deu pra tomar sol e cochilar na praia. Não vi tartaruga nenhuma. Tomei mais chuva. (Eu falo que o tempo aqui é doido). Mas valeu muito a pena!

Valeu por conhecer um lugar novo, por me purificar com a água da chuva, pelas risadas de mim mesma. Por tudo! E acho que temos que levar, não só uma viagem, mas a vida inteira desse jeito. Tentando fazer cada momento valer a pena!

ALOHAAAAAA ❤

Sobre amizades, companhias e convivência

Se eu falasse que estou aqui aprendendo só inglês seria uma mentira enorme.

O que eu mais estou aprendendo na viagem, na verdade, está fora da sala de aula. Está dentro de mim. Quando você viaja, principalmente sozinha, se você olhar cuidadosamente pra cada coisinha, vai ver que muito mais que conhecer uma língua nova e um lugar diferente, você se conhece cada vez mais.

O tempo que você escolhe viajar muda tudo em diversos aspectos. Eu vim pra ficar um mês, um mês que apesar de passar muito devagar pra certas coisas, pra outras passa voando.

Uma das coisas que estava sendo mais difícil aqui era a companhia. Eu já falei que via lugares lindos e só queria estar com alguém que gosto de verdade compartilhando tudo aquilo.

“Então você não gosta das meninas que conheceu aí?” Claro que gosto! Mas é diferente.

Por ter pouco tempo de viagem, acabamos nos juntando com que mais tempos afinidade, mas isso não significa que você tem tudo a ver com a pessoa. É difícil criar intimidade com pouco tempo e muitas vezes convivemos com algumas coisas que não gostamos.

Só que é nessa hora que você se conhece.

Você começa a perceber o que te irrita, o que te incomoda. O que te faz feliz, o que te agrada. E mais do que isso, você tenta relevar. Você está mais aberto pra aceitar. Pelo menos eu estou tentando ser assim e sabe por quê?

Porque na hora que olho pra pessoa que tá do meu lado, antes de reclamar de alguma coisa do jeito dela, penso no meu jeito. Meu jeito que também está longe de agradar a todos. Meu jeito cheio de manias. Manias que também incomodam outras pessoas.

Você começa a aceitar o outro do seu lado, porque começa a se aceitar também. Olha pra você e enxerga seus defeitos. E tudo bem, porque isso faz parte de todos. E se eu estou sendo aceita, por que não aceitar a pessoa do meu lado também?

Pra viajar é preciso ter a cabeça aberta pra aceitar culturas totalmente diferentes. Pra aceitar que mesmo a pessoa do mesmo país que você vai ser diferente também. É saber, que às vezes vai ser difícil e você vai se irritar. E que às vezes também pode sofrer algum preconceito, por que não é todo mundo que consegue ter a mente e o coração aberto.

E é não deixar isso te afetar e mudar quem você é. A pessoa falou algo que eu não gostei? Tudo bem. Vou ser cuidadosa pra não fazer isso com alguém, porque não gostei quando fizeram comigo.

Às vezes conviver com família e amigos já é difícil, imagina com pessoas que você ainda está conhecendo?

Acho que o maior segredo da convivência é pensar “eu estou tratando tal pessoa da forma que eu gostaria de ser tratada?”. Se sim, ótimo. Se não, volte duas casas e reveja seus conceitos.

É saber respeitar o espaço do outro, mas respeitar o seu também. Se eu não estou num dia bom, simplesmente falo pras meninas que não estou bem e fico sozinha fazendo as minhas coisas, até passar. SE dar um tempo é importante.

O modo de falar também é essencial. Minha colega de quarto guarda comida dentro do quarto e eu estava muito incomodada, porque dentro do quarto ela também estava deixando lixo com comida e isso estava atraindo muitas formigas.

De forma educada, falei que estava levando o lixo lá pra fora e perguntei se podia levar o dela também. Ela mesma levou e nunca mais deixou lixo no quarto. Não foi uma situação nada constrangedora porque nos falamos de forma tranquila. Você não vai querer criar um clima ruim com alguém que vai viver ao seu lado.

Olhar para os pontos positivos é essencial. Ela tem essa mania de guardar a comida no quarto que me irritava, mas ganhou meu coração quando eu chorei ao lado dela, e ela me deu uma caixinha com lenço de papel e me olhou com a maior compaixão do mundo.

Se você olha para mundo de forma positiva, o mundo te olha dessa forma também.

ALOHA ❤

(estão falando que tá chegando um furacão, torçam pra ele não vir pra cá =( )

Sobre a arte de procrastinar

Gente, eu juro que faz quase duas semanas que tô falando que vou lavar roupa e… nada. Hahahaha

Na verdade eu lavei esses dias e na hora de secar deu tudo errado, então ficou tudo amassado e horrível, não tem ferro, tô com menos roupa. Essa é a minha vida.

Mas até a máquina de lavar tem que pagar, então peça mais fininha eu estava querendo lavar em casa mesmo, na pia. PORÉM…

Eu chego com a maior preguiça do mundo. Sabe quando você só quer deitar? Na verdade não é nem preguiça (também é, mas tem mais rs), eu tô dormindo muito mal toda noite. Deito tarde, acordo cedo. Acordo de madrugada com o celular apitando mensagem de todo mundo.

“Desliga o celular”. Não, porque tem dias que não dá pra falar muito com meu namorado e aí eu falo pra ele me chamar à hora que der que eu acordo. Além disso, o ventilador do meu quarto está quebrado e só vai em direção da outra cama, então acordo a noite toda com calor.

Eu sempre tive mania de dormir coberta. O lençol me protege de bichos, fantasmas, gente morta querendo puxar meu pé. Mas com esse calor tô correndo todos esses riscos e dormindo descoberta, então às vezes acordo assustada. Hahahahaha

Ontem eu nem quis escrever porque meu olho estava ardendo de tanto sono. Só que eu deito na cama e o sono passa. Aí eu durmo tarde de novo, acordo morrendo. E assim vai.

Mas enfim. Hoje as meninas foram pra uma outlet, então eu tinha decidido que ia ficar em casa, tirar meu esmalte porque tá tudo horroroso, lavar minhas roupas. E o que eu tô fazendo? Almoçando duas vezes seguidas, assistindo How I Met Your Mother e agora escrevendo. Já resolvi deixar tudo pra depois, porque agora eu vou DORMIR. D-O-R-M-I-R.

Mas tudo bem, eu me perdoo.

À noite vou patinar no gelo (?). Sim, eu ainda tô no Havaí. Hahaha Amanhã conto pra vocês se consegui ficar com todos os membros do corpo intactos ou se perdi alguma coisa pelo caminho.

ALOHA ❤

Sobre eu estar doida de tpm e minha segunda-feira bipolar hahah

Gente, eu juro que vocês vão achar que eu sou doida, mas aí vai… hahaha

Hoje sem grandes reflexões. Só contar sobre meu dia mesmo. Hahahaha

Eu to de tpm. As pessoas que me conhecem sabe como eu fico um ~amor~ nessa época. Eu grito, choro, me irrito com qualquer coisa. Juro, até o SOM DA RESPIRAÇÃO de certas pessoas me irrita. Fofa, né? Não.

Bom, então lá estava eu no maior mau humor, com fone de ouvido todo momento que era possível pra ignorar as pessoas ao meu redor. Hahahahah Juro, na última aula eu tava quase explodindo, não dava pra aguentar mais a voz daquela professora. Aquele sotaque blá blá blá. Aí eu dormi por que tava com dor de cabeça.

Mãe, não fica brava. As primeiras notas saíram hoje e eu estou indo bem, tá? To com nota suficiente pra passar para o outro nível e em quesito fluência na parte do “oral test” eu fiquei com mais que satisfatório. #nerds Mas hoje eu precisava dormir se não ia matar alguém. Acontece.

Depois do almoço resolvi ir com a Amanda pra Lanikai. Uma praia maravilhosa, pertinho de Kailua e tão gostosa quanto. Sério, essa parte da ilha é a melhor. Energia maravilhosa, praias lindas. Longe de prédio, de som de carro. Só que fica na p* que pariu.

A nossa sorte foi que a Ana estava indo de táxi e quando a gente estava esperando o segundo ônibus, que não aparecia nunca, a Ana apareceu para nos dar carona. Um minuto depois dela me ligar falando que estava perto, o querido ônibus apareceu, mas aí esperamos ela mesmo.

Curtimos um dia lindo, tomei muito sol, fiz um book com a câmera da Ana hahaha. Eu achava tão brega ficar fazendo pose pra tirar foto, na real ainda acho, mas e daí o que os outros vão pensar? Eu não sei quando vou voltar aqui, tenho que aproveitar sem medo de ser feliz. Sendo ridícula mesmo, porque quem não é ridículo de vez em quando é ridículo sempre, tá?????

Na volta descobrimos que o ônibus ia demorar mais de uma hora, deitamos na grama, literalmente, e sei lá. A gente tava com preguiça de se mexer e morrendo de sede. Aí apareceu um doido ouvindo a conversa alheia perguntando se a gente queria suco. EU QUERO ÁGUA. Á-G-U-A. Mas obrigada.

Depois conseguimos chamar um táxi, que deu milhares de reais. Ótimo pra quem estava tentando economizar, vulgo eu. Pedimos uma pizza bem gorda, antes eu tomei banho, tá? E foi essa a minha vida. Depois fiquei chorando assistindo How I Met Your Mother conversando com meu namorado lindo e agora to chorando ouvindo Tim Maia. E escrevendo. E rindo.

Apesar de tudo hoje foi um dia muito bom. Melhor do que os últimos… Então, mahalo! ❤

(e vamos torcer pra eu não bater em ninguém até o fim da viagem, tá acabando!!!)