Sobre minha última sexta no Havaí

No final da viagem, passou um vídeo na minha cabeça, relembrando desde quando faltava ummês pra eu viajar, até agora. Tudo que passei, meus medos, os momentos engraçados, a saudade.

Peguei meu diploma na escola de inglês, atrasada, porque peguei o ônibus errado. Acho que sou a única pessoa que passa um mês fazendo o mesmo caminho e tem a proeza de errar o ônibus no dia da “formatura”. Quando cheguei na sala passei a maior vergonha da vida, porque todo mundo já tinha pego o diploma e estavam me esperando. Quis cavar um túnel no chão, mas ok.

Ver meu diploma de inglês me deixou com uma sensação boa. Quando a moça da agência perguntou meu nível de inglês, eu falei que era de intermediário a avançado, não sabia como seria, como eu ia me virar. Mas acontece que entrei no nível mais avançado da escola e consegui passar. Se eu quisesse fazer universidade nos EUA, bastava mostrar esse diploma.

Fiquei orgulhosa de mim mesma, e me dei um puxão de orelha imaginário. Tenho que parar com essa mania de me rebaixar, ou achar que não sou boa o suficiente em algo que eu sou.Tem coisas que eu não sou mesmo, tipo matemática. Fuso-horário e dólar quebrado foi de ferver o cérebro. Hahahaha

Depois fui fazer trilha pra chegar numa cachoeira. Um lugar realmente maravilhoso. A estrada parecia ser coberta por túnel de árvores. Várias montanhas em volta. Nada de barulho, só som da natureza. Ar limpo e úmido. Realmente muito bom.

A trilha foi um pouco difícil. Não cansativa, porque não batia sol, mas complicada. Mas não me desanimava, porque a paisagem era linda. E perdida nos meus próprios pensamentos enquanto caminhava, pensei como isso pode ser uma metáfora para relacionamentos. Não só de namorados, mas de família e amigos também.

Quantas vezes já ficamos com medo de confiar em alguém, por termos nos decepcionado com outra pessoa? Ou quantas vezes achamos que estamos sozinhos, só porque alguém que considerávamos nosso amigo mostrou não se importar? Quantas vezes não ouvi, ou não falei que não queria me relacionar com ninguém, por ter saído de um mau relacionamento?

Eu já fiz trilha uma vez. Foi muito cansativa, mas menos complicada que essa. Mas e se, por contas das dificuldades que tive na outra trilha, eu tivesse deixado de fazer essa? Eu ia ter perdido uma tarde incrível, ia ter perdido uma sensação ótima que o lugar me trouxe. E acredito que com os relacionamentos sejam da mesma forma.

Às vezes passamos por momentos difíceis. Brigas, inseguranças, desentendimentos. E é aí que a gente tem que olhar a paisagem. Dificuldades são normais e muitas vezes elas são os degraus que nos levam para um bom lugar. Ou para um bom sentimento.

Sobre Diamond Head e a vista de tirar o fôlego

Pra compensar o dia de ontem que foi um dos piores da viagem (e não, não foi só por causa da barata rs) hoje a vida me deu um presentinho que eu estava precisando.

Diamond Head é um vulcão inativo em Honolulu, com cerca de 250 metros, com vista para a praia de Waikiki. Para ter acesso a vista, é preciso subir uma estrada, pagar um dólar numa entrada depois de um túnel e, aí, começar a trilha.

Água e protetor solar são essenciais e adivinha. Esqueci os dois. HAHAHAHAHA Mas a Amanda levou protetor e compramos água (dois dólares =().

A trilha não é nada difícil, tanto que lá você encontra crianças, idosos. Uma parte é inclusive “asfaltada” a para ter acesso ao topo basta subir escadinhas. É cansativo, principalmente por causa do sol. Pode levar de meia hora, a uma hora. Depende do ritmo de cada um.

Acordei quatro e meia da manhã, então eu quase desisti de ir.

Ainda bem que fui.

Depois de toda subida cansativa, chegamos ao topo da “montanha” e nos deparamos com uma vista de tirar o fôlego. Eu quase chorei de tão lindo! Hahahahah Sério. Tem uma parte com acesso proibido, mas com um bom espaço pra sentar e admirar a vista. Foi lá mesmo que eu fui.

Me permiti ficar em silêncio, por sei lá quantos minutos, só observando o mar. Você não via onde ele acabava, era uma imensidão azul. Mais de sete tons de azul, combinados com alguns tons de verde. O vento batendo pra acalmar todo o calor. Foi um momento meu. Eu e aquela vista maravilhosa.

Gostos pra viagem são extremamente relativos. Pra viagem ser boa, depende muito daquilo que você realmente aceita, ou de certas coisas que passam do seu limite. Então, enquanto eu reclamo de certas coisas, outras pessoas podem não entender, porque seus gostos e limites são diferentes dos meus.

Viver um mês fora é viver. A vida não é feita só de dias bons, nem só de dias ruins. E numa viagem não seria diferente. Algumas dificuldades que passei aqui me fizeram pensar se realmente fiz a escolha certa em vir viajar, se escolhi o lugar certo. E não é só eu que penso assim aqui não, viu? Rs

Mas são momentos como esse que me fazem lembrar o porquê de ter escolhido o Havaí. Minha paz e felicidade, hoje, não estão numa balada, nem num bar cheio. Podem estar, aliás, se eu tiver acompanhada da pessoa certa. Mas quando eu paro pra contemplar um pôr do sol, uma praia, um vento no rosto, é como se aquilo estivesse refletindo em mim. Essa é a minha paz.

Esse é o momento que eu consigo organizar meus pensamentos que estão loucos e confusos. É o momento que ora eu não penso nada, ora eu penso em tudo. Mas tudo de uma forma boa. Nesse momento que vivi hoje, quando quase chorei foi de felicidade. Foi por gratidão. Foi por saber que eu estou num lugar lindo, e que tenho pessoas que quero trazer pra cá um dia. Saber que tenho pessoas que querem saber o que estou vivendo, porque se importam comigo.

Foi o momento que eu pensei que apesar de ter ótimos momentos aqui, sou grata por poder não ver a hora de voltar pra casa, porque eu tenho e vou ter muitos ótimos momentos lá também.

Mil vezes obrigada, Universo. Energias renovadas, agora contagem regressiva pra voltar!

Mahalo, Hawaii ❤

Gente, pra quem quiser saber mais dados específicos sobre Diamond Head e ver algumas fotos, além das que vou postar no insta, indico esse blog aqui => http://www.falandodeviagem.com.br/viewtopic.php?f=330&t=6492

Sobre meu encontro com a barata assassina

A Amanda foi pra escola mais cedo e eu não estava com pressa, então fui fazer um lanchinho. Minha colega de quarto também já tinha saído. A Ana estava dormindo. E lá estava eu, no sofá, despreocupadamente comendo meu lanche. Quando vejo uma sombra marrom andando no chão, a uma mesa de centro de distância de mim.

“ESSA PORRA NÃO PODE ESTAR ACONTECENDO!” Mas estava. Era uma barata. Fiquei desesperada, sem saber o que fazer. Então fui para o corredor. <Gente! Juro que to tendo um dejavú nesse momento sobre estar escrevendo isso sobre esse assunto> Enfim, fiquei lá analisando os movimentos da barata (e mandando áudio chorando pro Rodrigo).

Mandei uma mensagem pra Ana me ajudar, e a vaca preguiçosa não quis sair da cama e falou “mata ela”, como se fosse simples. Pensei “Será que é hoje que vou enfrentar e acabar com esse medo?”. Não. Eu já estava quase vomitando, tremendo, chorando e me coçando inteira. Tenho pavor de verdade.

O Ro falou pra eu ir embora e deixar ela aqui, e mesmo sabendo que a encontraria depois, aceitei a ideia. Mas a desgraça sumiu e quando vi, onde ela estava? Em frente à porta da sala. Ela estava me desfiando!!!! Ahahahahaha NÃO É POSSÍVEL!!!

Minhas coisas estavam na mesa perto da porta, eu previ que em breve ela chegaria ali, então peguei minha mochila, óculos, levei meu notebook pro quarto. Em coisa minha barata não toca! (Pelo menos, não que eu saiba.)

E quando voltei, a linda estava indo em direção de onde estavam as minhas coisas. Me senti gênia por um momento. Quando vi que ela empacou em baixo da cadeira, pensei. “Essa é a hora”. Criei coragem e saí correndo pra fora do apartamento.

Meus vizinhos esquisitos deixam a porta aberta, então por sorte consegui encontrar um e convidei ele para o duelo. “Você sabe matar barata?” Mas o coitado parecia ter mais medo que eu! Hahahaha Mesmo assim ele foi, a barata quase ganhou, mas no fim ele deu um golpe final e não sei se matou ela, ou jogou ela lá pra baixo.

Mas sério, foi péssimo. Eu sei que parece frescura, mas eu tenho uma fobia muito forte. No caminho do ônibus mandei uma mensagem pra minha mãe “posso te ligar? To chorando, mas não se assusta, foi só uma barata”. Fiz isso porque sabia que assim que ela atendesse o telefone eu só ia conseguir chorar.

Não sei se to muito mais sensível que o normal, se é por estar longe, se é tpm. Sei lá! Mas foi horrível. Sabe quando você quer sumir? Eu só queria ficar trancada no meu quarto, mas aí pensei “não quero mais ficar sozinha naquela casa”. E agora estou assim. Com nojo e medo de encostar em tudo aqui. Hahahaha

Felizmente tá acabando! Sei que falei que tem hora que temos que rir de nós mesmos, mas tem hora que na real tudo o que a gente precisa é de um colo.

E quando isso falta……

Sobre minha última semana

Gente, tô sumida!

Ai, to de tpm, com enxaqueca quase todo dia, mal estar. Tá foda. Não consigo dormir a noite, aí chego a tarde e capoto! Depois acordo pra tomar banho, fazer lição de um jeitinho bem mais ou menos e quando deito na cama meu sono desaparece, mas o cansaço físico não! =(

Mas tudo bem. Vou falar um pouco dos planos da minha última semana aqui. É impressionante, mas a gente sempre acaba deixando umas coisinhas pra última hora, então minha semana tá lotada. Hoje fui pra Alamoana, a praia mais pertinho de casa. Descobri um cantinho lá, chamado Magic Island, que separa um pedaço do mar com várias pedras, formando tipo uma piscina natural. Me apaixonei. Além de lindo, é tranquilo, quase não fica ninguém lá.

Amanhã é dia de fazer compras! Comprar algumas lembrancinhas e umas coisinhas que eu quero comprar pra mim! Eu to me matando pra economizar, não porque não tenho dinheiro suficiente pra comer e ir-e-vir. Mas porque também sou filha de deus e quero comprar umas coisitchas pra mim hahahahaha não resisto.

Quarta-feira vamos pra Diamond Head. Falam que a vista é incrível, não dá pra perder. Quinta, quero ir lá pro lado de Kailua, onde tem as praias que eu mais me apaixonei por aqui. Não tem como voltar pro Brasil sem me despedir. Sexta não tem aula, então estamos pensando em ir pra alguma cachoeira, depois ver os fogos de Waikiki.

Sábado não sei, tenho o dia pra aproveitar, porque só preciso ir para o aeroporto às 20h!

Espero que dê pra fazer tudo. Falaram que está vindo um furacão aqui na ilha e isso pode atrapalhar alguns planos! =( Mas por enquanto é isso!

Vou postando as fotos lá no insta @gabivenzol.

Beijinhos!

ALOHA ❤ 

Sobre rir da minha cara

Sabe aquela frase, “é rir pra não chorar?”. Eu apoio muito ela. Rir na maioria das vezes é o melhor remédio, mesmo que você esteja rindo da sua própria “desgraça”.

Afinal, quem nunca passou por algum perrengue e tempos depois lembrou da história e riu? Se vai rir depois, vamos rir agora também, né! Hahahaha

Brincadeira, dependendo do humor nem sempre é possível.

PORÉM, hoje eu estava nesse humor e a história foi a seguinte.

Pensa uma semaninha que você dormiu em média quatro horas e meia por noite. Você pode ficar um tanto quanto cansado né? Sim. Mas é seu último final de semana na viagem e você pensa “Vou dormir ou vou pra uma praia que demoro duas horas e meia pra chegar?”. VOU PRA PRAIA, ÓBVIO. Dá pra dormir no caminho e na praia, né, gente?

Todo mundo falava de Turtle Bay. Uma praia em North Shore, que diziam ser linda e que se você tivesse sorte, poderia nadar com várias tartaruguinhas. Fiz uma pesquisinha no google não achei a praia nada demais, mas queria evitar aquele arrependimento futuro do “e se…”. Então fui.

Eu e a Amanda acordamos umas oito e pouco e saímos uma hora depois de casa. Pensando “vamos ficar negras, nadar com tartarugas e blá blá blá”. São dois ônibus pra ir e dois pra voltar e sinceramente o caminho não foi tão ruim quanto eu imaginava. Eu adoro estrada, a paisagem. E com música e um bom livro o tempo pode voar.

Só que depois de certo tempo fiquei tão interagida no livro, que parei de olhar pra paisagem, e quando olhei de novo estava chovendo. Pensei “Ok, não vou me desesperar, o tempo aqui é louco, já já passa”.

E a chuva passou, chegamos ao nosso destino… Um resort de Turtle Bay que tem acesso à praia. Descemos do ônibus, loucas pra sentir o ar abafado porque estávamos congelando dentro do ônibus. E adivinha? Gente, juro. Cinco segundos depois desabou uma puta chuva.

Juro que senti frio!!! A chuva tava fazendo cócegas. A Amanda reclamando. E eu comecei a dar muita risada. Porque era uma situação ridícula. Acontecendo tudo que a gente não queria, a gente molhando as únicas roupas que tínhamos em mãos, sem lugar pra ir. Depois de duas horas e meia dentro de um ônibus.

Sabe aquilo de “tá no inferno, abraça o capeta”? hahahaha Então, abracei a chuva. Aliás, “tá na chuva é pra se molhar” teria sido um melhor exemplo, né? Hahaha Mas tudo bem. Sei lá, adoro tomar chuva, purifica a alma. Então foquei nisso. Ficar pensando no frio, no livro molhado, na roupa molhada, não ia secar nada, nem parar a chuva. Então me entreguei pro que a vida tava me dando naquele momento.

E olha, valeu a pena. Enquanto a chuva não passava comemos num restaurante ótimo. Comida boa aqui é tão rara, que enquanto eu comia meu cheeseburguer soltei a frase mais gorda da vida “não queria que esse lanche acabasse nunca”. Hahahahah Ainda parou a chuva, deu pra tomar sol e cochilar na praia. Não vi tartaruga nenhuma. Tomei mais chuva. (Eu falo que o tempo aqui é doido). Mas valeu muito a pena!

Valeu por conhecer um lugar novo, por me purificar com a água da chuva, pelas risadas de mim mesma. Por tudo! E acho que temos que levar, não só uma viagem, mas a vida inteira desse jeito. Tentando fazer cada momento valer a pena!

ALOHAAAAAA ❤

Sobre amizades, companhias e convivência

Se eu falasse que estou aqui aprendendo só inglês seria uma mentira enorme.

O que eu mais estou aprendendo na viagem, na verdade, está fora da sala de aula. Está dentro de mim. Quando você viaja, principalmente sozinha, se você olhar cuidadosamente pra cada coisinha, vai ver que muito mais que conhecer uma língua nova e um lugar diferente, você se conhece cada vez mais.

O tempo que você escolhe viajar muda tudo em diversos aspectos. Eu vim pra ficar um mês, um mês que apesar de passar muito devagar pra certas coisas, pra outras passa voando.

Uma das coisas que estava sendo mais difícil aqui era a companhia. Eu já falei que via lugares lindos e só queria estar com alguém que gosto de verdade compartilhando tudo aquilo.

“Então você não gosta das meninas que conheceu aí?” Claro que gosto! Mas é diferente.

Por ter pouco tempo de viagem, acabamos nos juntando com que mais tempos afinidade, mas isso não significa que você tem tudo a ver com a pessoa. É difícil criar intimidade com pouco tempo e muitas vezes convivemos com algumas coisas que não gostamos.

Só que é nessa hora que você se conhece.

Você começa a perceber o que te irrita, o que te incomoda. O que te faz feliz, o que te agrada. E mais do que isso, você tenta relevar. Você está mais aberto pra aceitar. Pelo menos eu estou tentando ser assim e sabe por quê?

Porque na hora que olho pra pessoa que tá do meu lado, antes de reclamar de alguma coisa do jeito dela, penso no meu jeito. Meu jeito que também está longe de agradar a todos. Meu jeito cheio de manias. Manias que também incomodam outras pessoas.

Você começa a aceitar o outro do seu lado, porque começa a se aceitar também. Olha pra você e enxerga seus defeitos. E tudo bem, porque isso faz parte de todos. E se eu estou sendo aceita, por que não aceitar a pessoa do meu lado também?

Pra viajar é preciso ter a cabeça aberta pra aceitar culturas totalmente diferentes. Pra aceitar que mesmo a pessoa do mesmo país que você vai ser diferente também. É saber, que às vezes vai ser difícil e você vai se irritar. E que às vezes também pode sofrer algum preconceito, por que não é todo mundo que consegue ter a mente e o coração aberto.

E é não deixar isso te afetar e mudar quem você é. A pessoa falou algo que eu não gostei? Tudo bem. Vou ser cuidadosa pra não fazer isso com alguém, porque não gostei quando fizeram comigo.

Às vezes conviver com família e amigos já é difícil, imagina com pessoas que você ainda está conhecendo?

Acho que o maior segredo da convivência é pensar “eu estou tratando tal pessoa da forma que eu gostaria de ser tratada?”. Se sim, ótimo. Se não, volte duas casas e reveja seus conceitos.

É saber respeitar o espaço do outro, mas respeitar o seu também. Se eu não estou num dia bom, simplesmente falo pras meninas que não estou bem e fico sozinha fazendo as minhas coisas, até passar. SE dar um tempo é importante.

O modo de falar também é essencial. Minha colega de quarto guarda comida dentro do quarto e eu estava muito incomodada, porque dentro do quarto ela também estava deixando lixo com comida e isso estava atraindo muitas formigas.

De forma educada, falei que estava levando o lixo lá pra fora e perguntei se podia levar o dela também. Ela mesma levou e nunca mais deixou lixo no quarto. Não foi uma situação nada constrangedora porque nos falamos de forma tranquila. Você não vai querer criar um clima ruim com alguém que vai viver ao seu lado.

Olhar para os pontos positivos é essencial. Ela tem essa mania de guardar a comida no quarto que me irritava, mas ganhou meu coração quando eu chorei ao lado dela, e ela me deu uma caixinha com lenço de papel e me olhou com a maior compaixão do mundo.

Se você olha para mundo de forma positiva, o mundo te olha dessa forma também.

ALOHA ❤

(estão falando que tá chegando um furacão, torçam pra ele não vir pra cá =( )

Sobre o meu coração.

Hoje está fazendo duas semanas que eu cheguei aqui. Duas semanas que pareceram um ano inteiro.

Eu estava confusa. Ninguém que fez intercâmbio me falou que seria assim. Talvez, simplesmente porque cada um é diferente, cada um sente de forma diferente. Cada um tem prioridades diferentes.

Essa viagem está muito acima do simples lazer. Está me mostrando coisas principalmente sobre mim mesma. Engraçado, né? Achamos que conhecemos alguém e quando vemos não conhecemos nem nós mesmos.

Meu pai mesmo era um que falava que se eu viajasse pra fora, eu não voltaria. Há um ano e meio talvez, quem sabe? Mas agora… Acontece que a minha vida, apesar de ter mil defeitos como qualquer outra, é perfeita pra mim.

Eu entrei na faculdade sem saber se gostaria do curso e de repente, me apaixonei. Pela primeira vez estava gostando de estudar e aprender. De quebra, conheci pessoas e fiz amizades maravilhosas, que só crescem a cada dia. Nesse meio, conheci alguém que me fez querer ser a melhor pessoa do mundo, que coloriu a minha vida e me fez acreditar no amor. Conheci meu namorado. E a minha família… Minha família é louca, mas está sempre pronta pra me ajudar quando eu preciso.

Ver as minhas amigas, estar com meu namorado, ir ao quarto da minha mãe falar com ela sobre o meu dia antes de dormir, ser expulsa do quarto pelo meu pai falando que me ama, mas que quer dormir, cuidar da minha cachorra com o meu irmão… Antes de vir viajar, saí pra jantar com os meus pais, meu irmão, minha cunhada e meu namorado. Naquele momento me senti completa. Essa era a minha nova e amada família. Depois saí com meus amigos e não estava mais completa, porque já tinha transbordado.

Eu sempre dei valor nas coisas mais simples, e essa viagem só me mostrou isso de forma mais forte. Os melhores momentos foram os que assisti ao pôr do sol no barco em Waikiki, minha última onda ao sair do mar. A estrada voltando de North Shore. Poder olhar e sentir a natureza, e saber que tenho tudo isso me esperando quando eu voltar é de uma imensa gratidão.

Tudo que sei, é que tudo de “ruim” que estou passando, está abrindo meus olhos pra algo bom, pra um crescimento e autoconhecimento. E tudo de bom que estou vendo aqui, quero reviver um dia, mas ao lado de quem eu amo e não sozinha! A felicidade, pra mim, realmente só é real quando compartilhada.

Sabe a música do Charlie Brown, que diz “alguém te perguntou como é que foi seu dia, uma palavra amiga, uma notícia boa…”. Isso realmente faz falta no dia a dia. Uma falta imensa. E por isso, gostaria de agradecer a todos que estão acompanhando o blog, comentando, vindo conversar comigo, dar apoio, dicas e pedir opiniões. Muitas pessoas que eu inclusive nem conversava há tempos! São gestos simples, que aquecem minha alma e me fazem sentir menos sozinha.

Mahalo ❤

Sobre como controlar seu dinheiro no intercâmbio

Hoje eu vou falar um pouco sobre como está sendo pra me virar em relação a dinheiro aqui na viagem. Não sei se posso considerar como dicas, porque estou longe de ser especialista no assunto, mas muitas coisas que eu soube do Havaí antes de viajar foi porque pesquisei em blogs, então meu ponto de vista as vezes pode ajudar alguém! =)

Bom, uma coisa importante é você pesquisar antes de ir viajar. Eu pesquisei, mas só sabia o básico do básico antes de vir. Sabia que fazer compra não compensava tanto, que as coisas não eram baratas, igual nos outros lugares dos Estados Unidos. Mas de repente vi que meu dinheiro estava indo que nem água mesmo sem fazer compras.

O transporte aqui é caro. O ônibus é 2,50 (em dólar). Se você precisa pegar dois ônibus pode pedir um “transfer” e ir de graça no segundo, mesmo assim, indo e voltando da escola da 5 dólares. Mas eu não vim até o Havaí pra ir pra escola e voltar pra casa, então dependendo de qual praia eu escolho ir, acabo gastando muito mais.

A comida… Eu devia ter pesquisado mais sobre isso, pra pelo menos não me assustar. A maioria dos restaurantes são de comidas asiáticas, e não, não é aquele “japa” que a gente tá acostumado no Brasil. Além de serem estranhas (para mim), não sai barato comer todo dia fora.

Na primeira semana eu gastei bastante com transporte porque minha casa ficava longe, mas eu tinha café da manhã e janta inclusa na homestay. Agora, pra mudar para os dormitórios precisei gastar mais e apesar de ser mais perto e economizar com transporte, perdi o café da manhã e a janta.

Eu estava desesperada, mas comecei a olhar por outro lado. Uma coisa bacana de viajar sem muita grana, é que você dificilmente vai gastar com besteira, ou coisas desnecessárias. Ano passado eu fui pra Los Angeles e comprei roupas que eu ainda nem usei! (Feio, eu sei). Agora aqui eu entro nas lojas, fico louca por um segundo com tanta coisa bonita, mas saio e nem lembro mais do que eu gostei. Resumindo, eu não precisava daquilo.

Eu comprei três coisas aqui. Uma blusa, porque não trouxe nada de frio e os lugares fechados aqui são extremamente congelantes pelo ar condicionado e dois vans. Blusinha, se eu converto o dólar pra dinheiro, não vale a pena. Mas achei meu tênis por 34 dólares, então achei que isso valeria, afinal, tênis pra mim dura séculos e eu não acho nenhum vans por esse preço no Brasil.

E é isso que você tem que fazer no resto da viagem quando você não pode sair gastando tudo. Ver o que realmente vale a pena ou não. Não só em relação à roupa, mas também aos passeios e restaurantes. Às vezes todo mundo vai fazer algo, mas você não precisa gastar dinheiro à toa se não faz questão de ir também. Afinal, esse é o ponto de viajar sozinho, você pode fazer o que quiser!

Ainda tenho duas semanas aqui, então agora vou fazer uma tabela com o quanto de dinheiro eu tenho e em que eu preciso realmente gastar. Vou comprar o “buss pass” que custa 60 dólares e fazer uma compra no mercado, assim não fica caro vir pra casa almoçar e não vou precisar comer fora toda hora.

Boa sorte pra mim, né? Hahaha ainda preciso comprar pelo menos umas lembrancinhas! =(

ALOHAA BRASIL, SAUDADES ❤ 

Sobre a primeira vez que me senti no paraíso: Hanauma Bay

Domingo levantei, tomei café, peguei um ônibus para ir até o Wall Mart comprar um snorkell e depois mais dois ônibus para ir até Hanauma Bay, uma praia conhecida pela prática de mergulho com snorkell.

Depois de comer na lanchonete que tem no portão da praia e pagar minha entrada, esqueci do longo caminho que percorri, esqueci que estava cansada. A vista para a praia era realmente de tirar o fôlego.

Hanauma é uma praia que você precisa pagar 7 dólares e 25 centavos para entrar (eu entrei de graça porque tenho carteirinha de estudante), a entrada é permitida de hora em hora e antes de ter acesso a praia, o grupo de pessoas que estão entrando naquele horário assistem um filme que fala sobre a importância da limpeza e preservação daquela praia (mesmo assim encontrei lixo lá, que raiva!).

Se alguém pretende conhecer lá um dia, é bom saber que é melhor levar seu próprio snorkell do que alugar. O aluguel custa mais ou menos 22 dólares e no mercado você pode comprar por um preço mais barato e ainda usar em outras praias.

A parte de mergulhar foi bem legal, nadei com alguns peixes, mas eu esperava ver mais! Provavelmente os animais não ficam tanto na área que é permitida os turistas ficarem, justamente por conta das pessoas. Tanto que quando eu me afastava e ia em alguma parte mais vazia, eu conseguia ver mais. Foi uma experiência bem legal.

Mas o melhor é a beleza e a calma daquela praia. É pequena, não é tão lotada. No canto da praia não fica quase ninguém. É um lugar onde você encontra paz. Pelo menos eu encontrei. Lá é rodeado por montanhas, então o sol as vezes fica bloqueado, o que faz com que o clima lá não seja tão quente, mas no verão dá pra encarar numa boa!

Se eu tiver tempo quero voltar lá, não pra mergulhar, mas só pra ficar no silêncio apreciando a paisagem. Não to conseguindo postar as fotos aqui e alinhá-las hoje, não sei por quê =(. Quem tiver curiosidade pode procurar no google e também dar uma olhada no meu insta, vou postando aos poucos @gabivenzol. Tirei foto de alguns peixes mas não ficaram boas hahahaha não sou nada fotógrafa, gente =( Mas tem outras fotos bem bonitas que passam isso que eu disse sobre a praia ser mais vazia e ser bem diferente linda.

Então, sobre Hanauma por enquanto é isso!

ALOHA! ❤