Sobre Diamond Head e a vista de tirar o fôlego

Pra compensar o dia de ontem que foi um dos piores da viagem (e não, não foi só por causa da barata rs) hoje a vida me deu um presentinho que eu estava precisando.

Diamond Head é um vulcão inativo em Honolulu, com cerca de 250 metros, com vista para a praia de Waikiki. Para ter acesso a vista, é preciso subir uma estrada, pagar um dólar numa entrada depois de um túnel e, aí, começar a trilha.

Água e protetor solar são essenciais e adivinha. Esqueci os dois. HAHAHAHAHA Mas a Amanda levou protetor e compramos água (dois dólares =().

A trilha não é nada difícil, tanto que lá você encontra crianças, idosos. Uma parte é inclusive “asfaltada” a para ter acesso ao topo basta subir escadinhas. É cansativo, principalmente por causa do sol. Pode levar de meia hora, a uma hora. Depende do ritmo de cada um.

Acordei quatro e meia da manhã, então eu quase desisti de ir.

Ainda bem que fui.

Depois de toda subida cansativa, chegamos ao topo da “montanha” e nos deparamos com uma vista de tirar o fôlego. Eu quase chorei de tão lindo! Hahahahah Sério. Tem uma parte com acesso proibido, mas com um bom espaço pra sentar e admirar a vista. Foi lá mesmo que eu fui.

Me permiti ficar em silêncio, por sei lá quantos minutos, só observando o mar. Você não via onde ele acabava, era uma imensidão azul. Mais de sete tons de azul, combinados com alguns tons de verde. O vento batendo pra acalmar todo o calor. Foi um momento meu. Eu e aquela vista maravilhosa.

Gostos pra viagem são extremamente relativos. Pra viagem ser boa, depende muito daquilo que você realmente aceita, ou de certas coisas que passam do seu limite. Então, enquanto eu reclamo de certas coisas, outras pessoas podem não entender, porque seus gostos e limites são diferentes dos meus.

Viver um mês fora é viver. A vida não é feita só de dias bons, nem só de dias ruins. E numa viagem não seria diferente. Algumas dificuldades que passei aqui me fizeram pensar se realmente fiz a escolha certa em vir viajar, se escolhi o lugar certo. E não é só eu que penso assim aqui não, viu? Rs

Mas são momentos como esse que me fazem lembrar o porquê de ter escolhido o Havaí. Minha paz e felicidade, hoje, não estão numa balada, nem num bar cheio. Podem estar, aliás, se eu tiver acompanhada da pessoa certa. Mas quando eu paro pra contemplar um pôr do sol, uma praia, um vento no rosto, é como se aquilo estivesse refletindo em mim. Essa é a minha paz.

Esse é o momento que eu consigo organizar meus pensamentos que estão loucos e confusos. É o momento que ora eu não penso nada, ora eu penso em tudo. Mas tudo de uma forma boa. Nesse momento que vivi hoje, quando quase chorei foi de felicidade. Foi por gratidão. Foi por saber que eu estou num lugar lindo, e que tenho pessoas que quero trazer pra cá um dia. Saber que tenho pessoas que querem saber o que estou vivendo, porque se importam comigo.

Foi o momento que eu pensei que apesar de ter ótimos momentos aqui, sou grata por poder não ver a hora de voltar pra casa, porque eu tenho e vou ter muitos ótimos momentos lá também.

Mil vezes obrigada, Universo. Energias renovadas, agora contagem regressiva pra voltar!

Mahalo, Hawaii ❤

Gente, pra quem quiser saber mais dados específicos sobre Diamond Head e ver algumas fotos, além das que vou postar no insta, indico esse blog aqui => http://www.falandodeviagem.com.br/viewtopic.php?f=330&t=6492

Sobre minha última semana

Gente, tô sumida!

Ai, to de tpm, com enxaqueca quase todo dia, mal estar. Tá foda. Não consigo dormir a noite, aí chego a tarde e capoto! Depois acordo pra tomar banho, fazer lição de um jeitinho bem mais ou menos e quando deito na cama meu sono desaparece, mas o cansaço físico não! =(

Mas tudo bem. Vou falar um pouco dos planos da minha última semana aqui. É impressionante, mas a gente sempre acaba deixando umas coisinhas pra última hora, então minha semana tá lotada. Hoje fui pra Alamoana, a praia mais pertinho de casa. Descobri um cantinho lá, chamado Magic Island, que separa um pedaço do mar com várias pedras, formando tipo uma piscina natural. Me apaixonei. Além de lindo, é tranquilo, quase não fica ninguém lá.

Amanhã é dia de fazer compras! Comprar algumas lembrancinhas e umas coisinhas que eu quero comprar pra mim! Eu to me matando pra economizar, não porque não tenho dinheiro suficiente pra comer e ir-e-vir. Mas porque também sou filha de deus e quero comprar umas coisitchas pra mim hahahahaha não resisto.

Quarta-feira vamos pra Diamond Head. Falam que a vista é incrível, não dá pra perder. Quinta, quero ir lá pro lado de Kailua, onde tem as praias que eu mais me apaixonei por aqui. Não tem como voltar pro Brasil sem me despedir. Sexta não tem aula, então estamos pensando em ir pra alguma cachoeira, depois ver os fogos de Waikiki.

Sábado não sei, tenho o dia pra aproveitar, porque só preciso ir para o aeroporto às 20h!

Espero que dê pra fazer tudo. Falaram que está vindo um furacão aqui na ilha e isso pode atrapalhar alguns planos! =( Mas por enquanto é isso!

Vou postando as fotos lá no insta @gabivenzol.

Beijinhos!

ALOHA ❤ 

Sobre rir da minha cara

Sabe aquela frase, “é rir pra não chorar?”. Eu apoio muito ela. Rir na maioria das vezes é o melhor remédio, mesmo que você esteja rindo da sua própria “desgraça”.

Afinal, quem nunca passou por algum perrengue e tempos depois lembrou da história e riu? Se vai rir depois, vamos rir agora também, né! Hahahaha

Brincadeira, dependendo do humor nem sempre é possível.

PORÉM, hoje eu estava nesse humor e a história foi a seguinte.

Pensa uma semaninha que você dormiu em média quatro horas e meia por noite. Você pode ficar um tanto quanto cansado né? Sim. Mas é seu último final de semana na viagem e você pensa “Vou dormir ou vou pra uma praia que demoro duas horas e meia pra chegar?”. VOU PRA PRAIA, ÓBVIO. Dá pra dormir no caminho e na praia, né, gente?

Todo mundo falava de Turtle Bay. Uma praia em North Shore, que diziam ser linda e que se você tivesse sorte, poderia nadar com várias tartaruguinhas. Fiz uma pesquisinha no google não achei a praia nada demais, mas queria evitar aquele arrependimento futuro do “e se…”. Então fui.

Eu e a Amanda acordamos umas oito e pouco e saímos uma hora depois de casa. Pensando “vamos ficar negras, nadar com tartarugas e blá blá blá”. São dois ônibus pra ir e dois pra voltar e sinceramente o caminho não foi tão ruim quanto eu imaginava. Eu adoro estrada, a paisagem. E com música e um bom livro o tempo pode voar.

Só que depois de certo tempo fiquei tão interagida no livro, que parei de olhar pra paisagem, e quando olhei de novo estava chovendo. Pensei “Ok, não vou me desesperar, o tempo aqui é louco, já já passa”.

E a chuva passou, chegamos ao nosso destino… Um resort de Turtle Bay que tem acesso à praia. Descemos do ônibus, loucas pra sentir o ar abafado porque estávamos congelando dentro do ônibus. E adivinha? Gente, juro. Cinco segundos depois desabou uma puta chuva.

Juro que senti frio!!! A chuva tava fazendo cócegas. A Amanda reclamando. E eu comecei a dar muita risada. Porque era uma situação ridícula. Acontecendo tudo que a gente não queria, a gente molhando as únicas roupas que tínhamos em mãos, sem lugar pra ir. Depois de duas horas e meia dentro de um ônibus.

Sabe aquilo de “tá no inferno, abraça o capeta”? hahahaha Então, abracei a chuva. Aliás, “tá na chuva é pra se molhar” teria sido um melhor exemplo, né? Hahaha Mas tudo bem. Sei lá, adoro tomar chuva, purifica a alma. Então foquei nisso. Ficar pensando no frio, no livro molhado, na roupa molhada, não ia secar nada, nem parar a chuva. Então me entreguei pro que a vida tava me dando naquele momento.

E olha, valeu a pena. Enquanto a chuva não passava comemos num restaurante ótimo. Comida boa aqui é tão rara, que enquanto eu comia meu cheeseburguer soltei a frase mais gorda da vida “não queria que esse lanche acabasse nunca”. Hahahahah Ainda parou a chuva, deu pra tomar sol e cochilar na praia. Não vi tartaruga nenhuma. Tomei mais chuva. (Eu falo que o tempo aqui é doido). Mas valeu muito a pena!

Valeu por conhecer um lugar novo, por me purificar com a água da chuva, pelas risadas de mim mesma. Por tudo! E acho que temos que levar, não só uma viagem, mas a vida inteira desse jeito. Tentando fazer cada momento valer a pena!

ALOHAAAAAA ❤

Sobre curiosidades do Havaí

Aloha =)
Hoje vou falar um pouco de algumas curiosidades e coisas que eu reparei aqui do Havaí. Nada muito útil, sinceramente. Hahahaha Mas são só curiosidades, lembrando que muitas pelo meu ponto de vista!
O que mais me chocou no começo foi a quantidade de asiático que vive aqui. Eu já sabia que tinha bastante japonês, mas não sabia que tinha tanta gente de tantos outros países. Filipinas, Taiwan, Coréia, China… Juro que às vezes não parece que estou nos Estados Unidos. Em muitos lugares ao lado de palavras escritas em inglês, tem a tradução em japonês.
E aí vem a relação com comida. Aqui tem muita opção de comida asiática. Eu me ferrei porque não curto muito. Também tem algumas opções de comida mexicana. Mas nada de feijão pra comer com arroz! Saudades =( hahaha
Outra coisa. Eu não sei como, mas às vezes to andando na praia e alguém solta um “aloha Brasil” sendo que nem português eu to falando. Tá escrito Brasil na minha testa e eu não percebi. E se você fala que é do Brasil quando perguntam a reação é tipo “Hmmmm… Brasil”. Mas geralmente as pessoas ficam felizes em conhecer brasileiros e sempre falam que têm vontade de conhecer o país. Somos amados. ❤
Aqui também as pessoas são bem calmas e devagar. Não calmas, mas sabe aquela correria pra entrar no ônibus em São Paulo? Aqui nunca vi nada disso. As pessoas às vezes até empacam a fila pra falar com o motorista, são todos bem pacientes. É bom porque sou afobada e ruim porque sou afobada. Hahahaha Às vezes perco a paciência.
E falando em trânsito, aqui eles tem uma coisa que chama “jaywalking”. Pedestre tem que atravessar na faixa e APENAS quando o farol para pedestre passar estiver “aberto”. Mesmo se não tiver nenhum carro, se você passar e for pego pela polícia, vai ter que pagar uma multa de CENTO E TRINTA DÓLARES. Se o farol tá na contagem regressiva e você sai correndo, e a polícia te pega, multa também. Doideira, né?
Sobre as praias. Tem praias maravilhosas, que parecem ser de outro mundo. E tem praias mais normais. A areia geralmente é cheia de pedrinha e só fui em uma praia que tinha “rasinho”. Geralmente você dá uns cinco, seis passos, e já está mais fundo, com água acima do umbigo. E sobre as ondas. Talvez seja porque é verão, mas quando tem onda, elas quebram no fim do mundo. Eu, surfista profissional, ia demorar umas três horas pra chegar sozinha até elas. Hahahaha
O pessoal da escola, maioria asiáticos, vieram mais pra focar mesmo no estudo e se assustam quando a gente fala que vamos para a praia todos os dias. Acontece que pra eles, viajar pro Havaí é bem mais barato do que pra nós. Muitos a própria faculdade pagou a viagem. Então tem várias pessoas que não estão aqui porque amam sol e praia, muitos inclusive detestam. Mas é bem legal conhecer essas culturas mais diferentes! Um surpreende o outro, sabe?
As praias também não são tão cobertas de guarda-sol. Gente, cadê o cuidado com a pele???? E os idosos tem uma aparência bem acabada. Você vê que a pessoa não é tão velha, mas que está com o físico extremamente cansado. =/ E não só em relação à pele, mas à tudo mesmo. O jeito de andar, a expressão facial…
E nunca se esqueça de tirar o sapato antes de entrar nas casas! (menos na minha, porque o chão é nojento hahahahaha)
Bom, essas foram as coisas que eu lembro agora, que chamaram minha atenção por enquanto.

Mahalo! ❤ voltem sempre! 

Sobre como controlar seu dinheiro no intercâmbio

Hoje eu vou falar um pouco sobre como está sendo pra me virar em relação a dinheiro aqui na viagem. Não sei se posso considerar como dicas, porque estou longe de ser especialista no assunto, mas muitas coisas que eu soube do Havaí antes de viajar foi porque pesquisei em blogs, então meu ponto de vista as vezes pode ajudar alguém! =)

Bom, uma coisa importante é você pesquisar antes de ir viajar. Eu pesquisei, mas só sabia o básico do básico antes de vir. Sabia que fazer compra não compensava tanto, que as coisas não eram baratas, igual nos outros lugares dos Estados Unidos. Mas de repente vi que meu dinheiro estava indo que nem água mesmo sem fazer compras.

O transporte aqui é caro. O ônibus é 2,50 (em dólar). Se você precisa pegar dois ônibus pode pedir um “transfer” e ir de graça no segundo, mesmo assim, indo e voltando da escola da 5 dólares. Mas eu não vim até o Havaí pra ir pra escola e voltar pra casa, então dependendo de qual praia eu escolho ir, acabo gastando muito mais.

A comida… Eu devia ter pesquisado mais sobre isso, pra pelo menos não me assustar. A maioria dos restaurantes são de comidas asiáticas, e não, não é aquele “japa” que a gente tá acostumado no Brasil. Além de serem estranhas (para mim), não sai barato comer todo dia fora.

Na primeira semana eu gastei bastante com transporte porque minha casa ficava longe, mas eu tinha café da manhã e janta inclusa na homestay. Agora, pra mudar para os dormitórios precisei gastar mais e apesar de ser mais perto e economizar com transporte, perdi o café da manhã e a janta.

Eu estava desesperada, mas comecei a olhar por outro lado. Uma coisa bacana de viajar sem muita grana, é que você dificilmente vai gastar com besteira, ou coisas desnecessárias. Ano passado eu fui pra Los Angeles e comprei roupas que eu ainda nem usei! (Feio, eu sei). Agora aqui eu entro nas lojas, fico louca por um segundo com tanta coisa bonita, mas saio e nem lembro mais do que eu gostei. Resumindo, eu não precisava daquilo.

Eu comprei três coisas aqui. Uma blusa, porque não trouxe nada de frio e os lugares fechados aqui são extremamente congelantes pelo ar condicionado e dois vans. Blusinha, se eu converto o dólar pra dinheiro, não vale a pena. Mas achei meu tênis por 34 dólares, então achei que isso valeria, afinal, tênis pra mim dura séculos e eu não acho nenhum vans por esse preço no Brasil.

E é isso que você tem que fazer no resto da viagem quando você não pode sair gastando tudo. Ver o que realmente vale a pena ou não. Não só em relação à roupa, mas também aos passeios e restaurantes. Às vezes todo mundo vai fazer algo, mas você não precisa gastar dinheiro à toa se não faz questão de ir também. Afinal, esse é o ponto de viajar sozinho, você pode fazer o que quiser!

Ainda tenho duas semanas aqui, então agora vou fazer uma tabela com o quanto de dinheiro eu tenho e em que eu preciso realmente gastar. Vou comprar o “buss pass” que custa 60 dólares e fazer uma compra no mercado, assim não fica caro vir pra casa almoçar e não vou precisar comer fora toda hora.

Boa sorte pra mim, né? Hahaha ainda preciso comprar pelo menos umas lembrancinhas! =(

ALOHAA BRASIL, SAUDADES ❤ 

Sobre as palavras havaianas

O que muita gente tem me perguntando é se a galera aqui fala mesmo “aloha” toda hora igual nos filmes! hahahah
Bom, muitas palavras são faladas sim. Em alguns lugares é um pouco forçado. Waikiki, por exemplo, pelo menos no meu ponto de vista é um cenário montado representando aquilo que é mostrado nos filmes hollywoodianos passados no Havaí. Acredito que seja porque é a praia de Oahu com mais turistas, com todas as lojas de grife e uma concentração enorme de hotéis, resorts e turistas.
Mas no geral as pessoas falam sim. Aloha é, sem dúvida, a palavra mais falada. Mas na escola recebemos uma lista com outras palavras que eles consideram bem usadas e achei interessante mostrar aqui!

Aina – terra, Terra

Aloha – amor, afeição, olá e tchau

E Komo Mai – Bem-vindo

Hale – Casa, lar, construção

Heiau – Templo Havaiano, “local para cultos” e cemitério

Hula – Nativa dança havaiana

Kama’aina – Nativo, residente, hospedeiro, local

Kane – Homem, masculino

Keiki – Criança ou crianças

Kokua – Ajuda

Kuleana – Direito, privilégio, responsabilidade

Lei – Guirlanda tradicional de flores ou videiras

Lu’ua – Festa havaiana

Mahalo – Agradecimento

Makai – Em direção ao mar ou oceano

Malama – Cuidar, proteger, preservar

Malihini – Recém-chegado, estrangeiro, turista, convidado

Mauka – Em direção às montanhas

Moana – O oceano ou o mar

Ohana – Família ❤ (Quem viu Lilo&Stich já sabia haha)

Ono – Delicioso

Pali – Falésias

Pau – Terminado ou feito

Pupu – Aperitivo, lanche

Wahine – Feminino, mulher, menina

Espero que tenham gostado =) Particularmente, minhas palavras preferidas continuam sendo Aloha e Ohana, mas agora acrescendo Moana, E Komo Mai, Hale e Lu’ua.

Vou passar o final de semana no dormitório das meninas da escola porque minha casa fica no fim do mundo, então só vou postar segunda-feira, falando provavelmente de várias novidades por aqui!

Aloha!!